To Dare or not to Dare? Questions about Terror in the Psychoanalytical Field, or Goldilocks Meeting Scheherazade
Palavras-chave:
Terror, Terrorista e aterrorizado, Experiência emocional aterrorizante, Campo analítico, Contar históriasResumo
Ousar ou Não Ousar? Questões acerca do Terror no Campo Psicanalítico, ou Cachinhos Dourados Encontrando Scheherazade
A partir da perspetiva de um campo dinâmico, a presença do terror no encontro analítico deve ser encarada como um produto de ambas as partes em interação, num palco onde as suas mútuas identificações, projetivas e introjetivas, interagem de uma tal forma que é difícil dizer precisamente quem é o terrorista e quem é o aterrorizado. Em diferentes níveis de experiência e por diferentes formas de expressão, ambos, o paciente e o analista, irão confrontar o insuportável e o desconhecido de experiências emocionais aterrorizantes, acerca do seu encontro potencialmente catastrófico (transformacional); ambos tendo de decidir ou evadir-se, dando caminho ao terror; ou desafiando transformar isso, contando a história (Primo Levi). Cachinhos Dourados e Scheherazade são propostas como personagens de contos de fada que podem ser selecionadas pelo analista, como instrumentos ou metáforas úteis, para pensar sobre a responsabilidade dele ou dela neste processo de contar a história; forjando o processo de trabalhar a posição do analista no campo, no duplo sentido, como um aterrorizado e como um terrorista, e possibilitando a capacidade do campo para transformar experiências aterrorizantes em contos de fadas.
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