Solidão e Autoconceito na Idade Adulta e Velhice

Abstract

A solidão e o autoconceito estão relacionados com uma grande variedade de domínios pessoais e representam um importante papel na compreensão da psicopatologia. Este artigo explora diferenças entre a idade adulta e a velhice ao nível da solidão e do autoconceito. Neste sentido, é abordado o papel de variáveis psicossociais específicas e de variáveis psicológicas, como a depressão, ansiedade, stresse e estilos de coping, sobre a solidão, bem como qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a solidão. A investigação integra 222 sujeitos, com idades compreendidas entre 35 e 90 anos de idade. Os resultados indicam que os indivíduos em idade adulta e na velhice não diferem na experiência de solidão. Em contraste, apresentam diferenças significativas ao nível de autoconceito, com os idosos a revelarem um pior autoconceito. Na análise da ação conjunta das variáveis, o autoconceito e os estilos de coping revelaram-se os melhores preditores da solidão.



Loneliness and Self-Concept in Adulthood and Old Age

Loneliness and self-concept interact with a great variety of personal domains and play an important role in the understanding of psychopathology. This article explores differences between adulthood and old age in regard to loneliness and self-concept with a sample of 222 individuals, aged between 35 and 90. Specific psychosocial and psychological variables are analyzed in relation to loneliness (depression, anxiety, stress and coping styles), aiming the set of variables which better predicts loneliness. The results of the research indicate that adulthood and old age individuals do not differ in terms of loneliness, even though they present significant differences regarding self-concept, with the elderly revealing a worse self-concept. In the analysis of the joint share of variables, the self-concept and the coping styles reveal to be the best predictors of loneliness.

Keywords: loneliness, self-concept, coping strategies, adulthood, old age