Contributo nativista para a emancipação nacional de Cabo Verde entre finais do século XIX e meados do século XX: Alcance e limites
DOI:
https://doi.org/10.31211/interacoes.n33.2017.a2Palavras-chave:
Cabo Verde, nativismo, autodeterminação, independênciaResumo
Difundido a partir do Brasil, o nativismo desempenhou um papel fundamental na luta de resistência dos cabo-verdianos contra a opressão colonial portuguesa desde o início do século XIX.
Esgotada a sua fase separatista pró-brasileira, ganharia novo alento na viragem do século XIX para o século XX, ganhando cada vez mais adeptos entre os intelectuais republicanos, a cuja luta pelos direitos dos autóctones daria novo folego.
Alargando a sua influência no clima de liberdade que acompanhou a implantação e os primeiros tempos da República, os seus adeptos rapidamente conheceram o sabor amargo da desilusão, perante o endurecimento repressivo da política colonial republicana à medida que o regime se aproximava do fim, tendência que se acentuaria irreversivelmente após implantação da ditadura saída do golpe de estado de 28 de maio de 1926.
Conscientes da irreversibilidade da evolução, devido ao isolamento do seu combate por todos aqueles que tinham o dever político de o apoiar, os intelectuais nativistas passariam a refrear a sua intervenção, circunscrevendo-a progressivamente à defesa da identidade cabo-verdiana, sobretudo da sua língua, o crioulo, legado que passariam às gerações que lhes sucederam.
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